xmlns:og='http://ogp.me/ns#' A dez quadras daqui.: fevereiro 2014

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Me indique um livro #1: Frankenstein





  • Primeiro: Tire de sua cabeça aquele cara alto, verde, com o crânio achatado e parafusos na cabeça. É tudo bem pior que isso.

  • Segundo: Apesar de o monstro dizer que é filho de Frankenstein, pois foi ele quem o criou, o monstro não se chama Frankenstein. Não, não. Ele é tão desprezado que nem mesmo tem um nome. Na tradução que li o chamam de demônio o tempo inteiro. Vitor Frankenstein é o seu criador.

  • Terceiro: Minha ideia... - escrever ideia sem acento me irrita -. Minha ideia não é fazer uma resenha formal, e vou tentar não soltar spoilers, ok?


 Pra começar, devo dizer que achei o livro incrível - alguns podem até dizer que acho tudo que gosto incrível, e eu estou disposta a não negar, rs. Há algum tempo eu estava enrolando pra ler, achando que poderia ser um livro "quadrado" por causa da época em que foi escrito. Nein.

 Decididamente é muito diferente da forma de escrita dos últimos livros que li, as vezes eu sentia que meu ritmo de leitura dependia de uma métrica que talvez eu mesma tenha criado. Existem livros que leio em um ritmo frenético, outros que me fazem ter sono, mas este tinha um ritmo claro e constante (não a ponto de dar sono, ok?).
 A história é infinitamente melhor que qualquer versão que eu já tenha ouvido ou visto (já de partida dizendo que ninguém vai me obrigar a ver essa coisa horrível que está nos cinemas agora). Ela é contada por cartas do Capitão Robert Walton, que encontra Victor Frankenstein no Ártico, a sua irmã, Margareth Seville. Ele conta como encontrou o já adoecido Frankenstein logo após ele e sua tripulação verem ao longe um trenó sendo guiado por algo que não parecia humano e escreve os acontecimentos narrados por Frankenstein desde sua juventude extremamente feliz, passando pela vontade voraz de criar um ser que o aceitasse como seu criador e chegando na parte, pra mim, crucial do livro: a completa negação desse ser por parte dele.
Imagine um ser que simplesmente acorda, com alguma consciência, mas sem o poder da comunicação ser rechaçado por aquele que o deu a vida. Ai. Doeu ni mim.
 A relação - ou não relação - entre os dois é dolorosa para as duas partes e bem, não consigo ficar ao lado de Frankenstein. O ser criado por ele era puro de alma, mas um monstro na aparência e por causa disso (especialmente) o seu criador o despreza e sim, o odeia. Pobre monstro, que nas melhores intenções foi humilhado, e quando tentou vingança não foi entendido.
 Vamos lá: não sou a favor da vingança, mas né, é um livro, ele um monstro muito carismático, a Mary Shelley escreve lindamente e o Frankenstein é um baita egoísta logo de saída. Eu podia aqui fazer um discurso enorme defendendo o pobre e, em termos técnicos, xineleando o cientista; mas acho a maior falta de sacanagem influenciar tanto assim sobre a leitura de quem ainda não leu o livro.

Resumindo: é um livro que vale a pena. Dos bons mesmo.

Eu li: Frankenstein de Mary Shelley da coleção L&PM Pocket, com tradução de Mécio Honkins. Por indicação do Domênico Gay.

Quem tiver o Skoob, me adiciona lá!!
Até mais, e obrigada pelos peixes!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Buenas!

Parece difícil acreditar, mas, sim, eu criei um blog. Já aconteceu de eu ter um, lá por 2002 ou 2003, no Blig (que tal?). Antes eu tinha uma página no HPG, depois eu tive um Fotolog...
Agora tenho um blog de novo.

Mas... por quê?

Ainda não tenho certeza. Vou descobrindo...

Enquanto isso...



 ...sei que a resposta do meu pedido lá no Facebook vai ser respondida aqui. Várias pessoas me indicaram livros que elas adoram e a cada livro que eu ler dessa lista, vou escrever algo aqui. Nada muito sério, mas também uma forma de eu lembrar o que achei deles.

O primeiro livro que estou lendo é Frankenstein, de Mary Shelley, indicado pelo Domênico. Logo eu termino ele, logo eu escrevo sobre.

Bem, até mais, e obrigada pelos peixes!