xmlns:og='http://ogp.me/ns#' A dez quadras daqui.: Palestina #6 Day off em Belém, Bethlehem ou Beit Lehem

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Palestina #6 Day off em Belém, Bethlehem ou Beit Lehem

Depois de passar meus primeiros days off em Tel Aviv, em Israel, me sentindo em uma estranha bolha, onde os problemas não existem (mesmo lembrando deles o tempo todo), fui nessa semana pra Bethlehem aproveitar um quarto só pra mim, rsrsrs.

Foto: Sarah


Fomos até lá de taxi - aqui existem poucos ônibus, então existem vários táxis pra 7 lugares que já tem um preço fixo -, passando da Palestina para Jerusalém por um checkpoint de carro e de Jerusalém pra Bethlehem por um checkpoint a pé. O primeiro foi consideravelmente rápido, quase nenhum carro parado. O segundo estava vazio, pois chegamos em uma hora sem passagem de trabalhadores. Ao atravessar e andar algumas quadras, meu primeiro contato com o muro de separação. 8m de altura, câmeras e arames farpados. Ao chegar no hotel abro a janela e lá está ele, o muro, circundando uma casa, de um lado um campo de refugiados, do outro um lindo campo de oliveiras.

Foto: Sarah


Minha primeira caminhada ao anoitecer não me levou a nenhum ponto turístico (além do muro, é... pois sim...), mas já deu pra ter uma ideia de como é a cidade: ou tu sobe, ou tu desce. Lá pelas tantas a Sarah, que estava visitando o time de Bethlehem, me ligou e: "nós estamos indo pra uma aula grátis de dabca (dabke?), tás afim?" "YES!!" E lá fomos nós pro Alternative Information Center em Beit Sahour, junto com o Liam e a Cecilea ter nossa primeira aula de dança. Olha, o negócio cansa, mas é incrível!



No dia seguinte lá fui eu atrás da igreja da Natividade e do mercado da cidade antiga. A igreja está sendo reformada, tem muita coisa coberta, e o que não está coberto não parece lá muito bem conservado. Eu sei que era uma igreja, e não um museu, mas senti falta de saber as datas dos quadros e imagens. O que sei é que os poucos mosaicos que restam são do período Bizantino.



Fui no subsolo onde, dizem, está o lugar onde Jesus nasceu e o lugar da manjedoura. O primeiro marcado com uma estrela, o segundo algo que bem, não tenho ideia do que seja. Bem, não sei se é pelo fato de eu não acreditar que aquele é "oexatolocalondejesusnasceu", mas, é não vi muita coisa lá, não. Já o mercado é cheio de gente, lojas e bancas de frutas, doces e falafel, em algumas vielas uns museus (que estavam fechados por que fui na hora do almoço pro centro). O negócio é que andei até não poder mais!

Foto: Sarah


Na ultima manhã foi a vez de andar ao lado do muro e sentir o quanto ele demonstra a separação. Ao longo alguns depoimentos dados por mulheres palestinas sobre vários fatos que ocorreram por causa da ocupação ilegal da palestina. Graffitis dos mais variados, alguns Banksys. As câmeras no topo, e do outro lado um país aparentemente próspero, condomínios imponentes, estradas perfeitas, jardins verdes. É assustador ver o que está do outro lado do muro em comparação com o lado de cá, especialmente por saber que que um lado está bem em detrimento dos direitos dos palestinos.



Foto: Sarah
Mas pensando em tudo, é uma boa cidade pra ir e passear, bastante coisas pra turistas e também pra quem gosta de ir onde o povo vai, e não e lugares americanizados. Pessoas legais, uma doceria linda pra sentar e comer um knafeh e zilhões de lugares pra comprar lembrancinhas pra família inteira. E sim, dá vontade de voltar.

Um comentário:

  1. legal, a descrição dos lugares me faz viajar. e quanto as quinquilharias, adoro presentes. hahaha

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