Depois de passar meus primeiros days off em Tel Aviv, em Israel, me sentindo em uma estranha bolha, onde os problemas não existem (mesmo lembrando deles o tempo todo), fui nessa semana pra Bethlehem aproveitar um quarto só pra mim, rsrsrs.
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Foto: Sarah |
Fomos até lá de taxi - aqui existem poucos ônibus, então existem vários táxis pra 7 lugares que já tem um preço fixo -, passando da Palestina para Jerusalém por um checkpoint de carro e de Jerusalém pra Bethlehem por um checkpoint a pé. O primeiro foi consideravelmente rápido, quase nenhum carro parado. O segundo estava vazio, pois chegamos em uma hora sem passagem de trabalhadores. Ao atravessar e andar algumas quadras, meu primeiro contato com o muro de separação. 8m de altura, câmeras e arames farpados. Ao chegar no hotel abro a janela e lá está ele, o muro, circundando uma casa, de um lado um campo de refugiados, do outro um lindo campo de oliveiras.
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Minha primeira caminhada ao anoitecer não me levou a nenhum ponto turístico (além do muro, é... pois sim...), mas já deu pra ter uma ideia de como é a cidade: ou tu sobe, ou tu desce. Lá pelas tantas a Sarah, que estava visitando o time de Bethlehem, me ligou e: "nós estamos indo pra uma aula grátis de dabca (dabke?), tás afim?" "YES!!" E lá fomos nós pro
Alternative Information Center em Beit Sahour, junto com o Liam e a Cecilea ter nossa primeira aula de dança. Olha, o negócio cansa, mas é incrível!
No dia seguinte lá fui eu atrás da igreja da Natividade e do mercado da cidade antiga. A igreja está sendo reformada, tem muita coisa coberta, e o que não está coberto não parece lá muito bem conservado. Eu sei que era uma igreja, e não um museu, mas senti falta de saber as datas dos quadros e imagens. O que sei é que os poucos mosaicos que restam são do período Bizantino.
Fui no subsolo onde, dizem, está o lugar onde Jesus nasceu e o lugar da manjedoura. O primeiro marcado com uma estrela, o segundo algo que bem, não tenho ideia do que seja. Bem, não sei se é pelo fato de eu não acreditar que aquele é "oexatolocalondejesusnasceu", mas, é não vi muita coisa lá, não. Já o mercado é cheio de gente, lojas e bancas de frutas, doces e falafel, em algumas vielas uns museus (que estavam fechados por que fui na hora do almoço pro centro). O negócio é que andei até não poder mais!
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Na ultima manhã foi a vez de andar ao lado do muro e sentir o quanto ele demonstra a separação. Ao longo alguns depoimentos dados por mulheres palestinas sobre vários fatos que ocorreram por causa da ocupação ilegal da palestina. Graffitis dos mais variados, alguns Banksys. As câmeras no topo, e do outro lado um país aparentemente próspero, condomínios imponentes, estradas perfeitas, jardins verdes. É assustador ver o que está do outro lado do muro em comparação com o lado de cá, especialmente por saber que que um lado está bem em detrimento dos direitos dos palestinos.
Mas pensando em tudo, é uma boa cidade pra ir e passear, bastante coisas pra turistas e também pra quem gosta de ir onde o povo vai, e não e lugares americanizados. Pessoas legais, uma doceria linda pra sentar e comer um knafeh e zilhões de lugares pra comprar lembrancinhas pra família inteira. E sim, dá vontade de voltar.
legal, a descrição dos lugares me faz viajar. e quanto as quinquilharias, adoro presentes. hahaha
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